Jornal Diário da Manhã, coluna OpiniãoPública por Britz Lopes – 12/07/2017
O Rio Araguaia confere identidade à Goiás e é nosso mais importante manancial. Como sempre ocorre no Brasil, o esplendor da beleza natural tem companhia da degradação do ambiente. O Rio guarda em seu leito outra contradição. Corre por uma das regiões mais pobres do Estado, mas se insere no Cerrado e na Amazônia, os dois maiores ecossistemas do País.
Nos últimos 40 anos, as atividades econômicas do agronegócio e do turismo vêm alterando o equilíbrio ambiental do Rio Araguaia. Certamente não se concebe mais a pesca predatória e série de regulamentos minimizam os impactos da indústria turística. Em relação à pecuária, vocação histórica da região, e mais recentemente a agricultura irrigada, ainda há muita água para correr até que se possa falar em sustentabilidade.
Neste sentido, são as ações que mais comprometem a saúde do Araguaia, uma vez que causam desmatamento, que provocam assoreamento das margens do manancial, que por sua vez perde capacidade de vazão. Com menos água, o Rio vê diminuída a biodiversidade e assim segue para morte anunciada em curto tempo. É preciso dizer que é possível haver produção sustentável e a maior prova do argumento foi a realização das iniciativas do poder público e dos agentes econômicos na recuperação das nascentes do Araguaia. Há 20 anos gigantescas erosões eram desastre ambiental sem precedente, hoje trabalho de recuperação e conservação ambientais é algo notável no Brasil.
Recentemente, iniciativas isoladas, mas bem-vindas quando se trata de preservar o Grande Rio, dão mostras de que o Araguaia pode deixar de ser doente em estado terminal. Dois bons exemplos vêm de Aragarças e Aruanã, onde as prefeituras recorreram à engenharia naturalística para recuperar áreas degradadas. E tem sede em Goiás a empresa responsável pelas obras. Fundada na Itália, hoje instalada em Senador Canedo, a Vertical Green do Brasil é detentora de know-how próprio para fazer restauração de ambientes impactados, devolvendo-lhes as condições de equilíbrio dinâmico, priorizando a integração entre a engenharia e a ecologia, restabelecendo a biodiversidade local e a continuidade da vida.
Instalada no país desde 1999, a Vertical Green do Brasil executou duas grandes obras em importantes municípios ribeirinhos: uma de contenção de aterro fluvial e urbanização da orla do rio Araguaia, através do sistema Vertical Green Wall Water, em Aragarças, e outra em Aruanã, com sistema permeável para revestimento e controle erosivo de canais fluviais. Atualmente, a empresa atua em todo o território nacional, com equipe especializada, equipamentos e infraestrutura operacional, consagrando-se como referência no Brasil, a exemplo da Europa, como pioneira na aplicação de soluções técnicas diferenciadas.
Ao longo desses anos, foram pesquisadas e desenvolvidas tecnologias e materiais próprios para a prevenção e solução dos mais diversos problemas ambientais, priorizando a inovação e o desenvolvimento técnico das obras, sempre em atenção ao princípio da sustentabilidade, através de intervenções ecologicamente sustentáveis, socialmente justas e economicamente viáveis, a fim de contribuir com a melhoria de vida e com o meio ambiente que a sustenta.
(Britz Lopes, colunista e editora da Revista People e colaboradora do Diário da Manhã)